terça-feira, 11 de agosto de 2015

Questão de Opinião #13 - A galinha dos Ovos de Ouro

A Galinha dos Ovos de Ouro

Quando pequenos ouvimos muitas estórias, contos e fábulas contadas por nossos pais, professores e até mesmo na televisão (hoje em dia computadores e tabletes). Um conto que estava pensando essa semana é o da “Galinha dos ovos de ouro” (você pode lê-lo aqui)

Resumindo, neste conto um casal muito avarento recebe uma galinha que põe um ovo de ouro todos os dias. Primeiramente, o casal não acredita, mas após comprovarem ser verdade ficam entusiasmados, mas o entusiasmo passa ao perceberem que tem que esperar até o dia seguinte para um novo ovo ser botado. Eis que a mulher tem uma idéia: os ovos já estão dentro da galinha, então é só abri-la e pegar todos os ovos de uma só vez ao invés de esperar. Quando fazem isso, não encontram nada e no fim ficam sem os ovos e sem a galinha.



Sempre que ouvia essa estória vinha a moral dizendo sobre a ganância do casal que, por querer ter tudo na hora e não saber esperar, ficaram sem nada. No entanto, hoje em dia, sempre que ouço qualquer referencia ao conto não é sobre a moral, e sim sobre a galinha. Sobre as pessoas conseguirem “a galinha dos ovos de ouro” e não precisarem mais trabalhar,  pois a galinha proverá os ovos.

A ironia dos dias de hoje está justamente nesse contraste, como muitas pessoas só se lembram que “existe uma galinha que põe ovos de ouro” esquecem da moral da estória alertando sobre o perigo da ganância. Existe um número muito grande, ainda bem que não maioria, de pessoas que matam suas galinhas (até mesmo as que botam ovos comuns). Pessoas que preferem comer a carne por, apenas, dois dias ao invés de comer ovos durante meses. “Que absurdo!” , você pode pensar caro leitor, mas é verdade.

Conversando com pessoas ou assistindo os noticiários você toma conhecimento de pessoas que roubam, fraudam as empresas em que trabalham, ou mesmo que são donos ou sócios, com os famosos caixas-dois. E o que é isso se não matar sua galinha poedeira? O fruto desse ato de desonestidade rende um “ganho extra”, mas coloca em risco seu emprego (ou a saúde financeira de sua empresa). Ouço estórias (ou seriam histórias?) de pessoas que praticaram esse tipo de ação e perderam o emprego, e para conseguir outro não é fácil. E muitas vezes (quase todas), até que se consiga um novo emprego, esses ganhos são inferiores à quantia que teriam recebido se tivessem continuado trabalhando.



Mas para matar a galinha basta roubar? Lógico que não, existem outras tantas formas para isso. Forçar uma demissão para conseguir o seguro desemprego, agir de má-fé (preste muita atenção no “má-fé) para processar o patrão alegando alguma irregularidade durante o período em que esteve trabalhando.  Uma pena esse texto não funcionar para políticos corruptos, que mesmo envolvidos em esquemas e tramóias continuam sendo eleitos. 


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