A Galinha dos Ovos de Ouro
Quando
pequenos ouvimos muitas estórias, contos e fábulas contadas por nossos pais,
professores e até mesmo na televisão (hoje em dia computadores e tabletes). Um
conto que estava pensando essa semana é o da “Galinha dos ovos de ouro” (você
pode lê-lo aqui)
Resumindo,
neste conto um casal muito avarento recebe uma galinha que põe um ovo de ouro
todos os dias. Primeiramente, o casal não acredita, mas após comprovarem ser
verdade ficam entusiasmados, mas o entusiasmo passa ao perceberem que tem que
esperar até o dia seguinte para um novo ovo ser botado. Eis que a mulher tem
uma idéia: os ovos já estão dentro da galinha, então é só abri-la e pegar todos
os ovos de uma só vez ao invés de esperar. Quando fazem isso, não encontram
nada e no fim ficam sem os ovos e sem a galinha.
Sempre que
ouvia essa estória vinha a moral dizendo sobre a ganância do casal que, por
querer ter tudo na hora e não saber esperar, ficaram sem nada. No entanto, hoje
em dia, sempre que ouço qualquer referencia ao conto não é sobre a moral, e sim
sobre a galinha. Sobre as pessoas conseguirem “a galinha dos ovos de ouro” e
não precisarem mais trabalhar, pois a
galinha proverá os ovos.
A ironia dos
dias de hoje está justamente nesse contraste, como muitas pessoas só se lembram
que “existe uma galinha que põe ovos de ouro” esquecem da moral da estória
alertando sobre o perigo da ganância. Existe um número muito grande, ainda bem
que não maioria, de pessoas que matam suas galinhas (até mesmo as que botam
ovos comuns). Pessoas que preferem comer a carne por, apenas, dois dias ao
invés de comer ovos durante meses. “Que absurdo!” , você pode pensar caro
leitor, mas é verdade.
Conversando
com pessoas ou assistindo os noticiários você toma conhecimento de pessoas que
roubam, fraudam as empresas em que trabalham, ou mesmo que são donos ou sócios,
com os famosos caixas-dois. E o que é isso se não matar sua galinha poedeira? O
fruto desse ato de desonestidade rende um “ganho extra”, mas coloca em risco
seu emprego (ou a saúde financeira de sua empresa). Ouço estórias (ou seriam
histórias?) de pessoas que praticaram esse tipo de ação e perderam o emprego, e
para conseguir outro não é fácil. E muitas vezes (quase todas), até que se
consiga um novo emprego, esses ganhos são inferiores à quantia que teriam
recebido se tivessem continuado trabalhando.
Mas para
matar a galinha basta roubar? Lógico que não, existem outras tantas formas para
isso. Forçar uma demissão para conseguir o seguro desemprego, agir de má-fé (preste
muita atenção no “má-fé) para processar o patrão alegando alguma irregularidade
durante o período em que esteve trabalhando. Uma pena esse texto não funcionar para
políticos corruptos, que mesmo envolvidos em esquemas e tramóias continuam
sendo eleitos.
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