Hoje é aniversário de morte do grande escritor português Luis Vaz de Camões, um dos grandes expoentes da literatura portuguesa de todos os tempos. Morreu em 1579 (ou 1580?) ao que supõem-se com 56 anos, na cidade de Lisboa.
Esse poeta viveu durante um período bastante próspero da coroa lusitana, durante as grandes navegações. Devido à esse período foi possível a composição de sua grande obra: Os Lusíadas. Essa epopeia portuguesa retrata a descoberta do caminho para as Índias pelo navegador Vasco da Gama, misturada com outros fatos da história de Portugal.
Essa obra é composta por 10 cantos (que são partes), que impressiona por seguir durante toda ela a mesma métrica. São versos dodecassílabos (com 12 sílabas poéticas) em suas 1102 estrofes e 8816 versos. Seguindo os sistema de rimas AB AB AB CC. Diz-se que o próprio Camões estava na frota de Vasco, e durante o retorno a embarcação onde estava naufragou e ele se agarrou ao livro para salvá-lo e que se fosse perdê-lo preferia ir junto para o fundo do mar.
Mesmo "Os Lusíadas" sendo a grande obra de sua vida, acredito que muitos o conheçam por um soneto. Talvez nem o conheçam, mas esse soneto (ou parte dele) é bastante difundido pela população:
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
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