Essa banda goiana da rock (Goiás não é só sertanejo) não é novinha, já está na estrada a um bom tempo, e essa música mesmo é mais conhecida.
Blog criado para expressão de idéias diversificadas da família Classe "A". Visa a pluralidade de idéias e diversificação de pensamento no mais puro "tudo junto e misturado", onde uma pessoa que busca algo pode se deparar com outra coisa diferente e adquirir um conhecimento não esperado. Ainda tem o intuito de divulgação de eventos e trabalhos artísticos de várias formas. contato: papoclassea@gmail.com
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
Música para o FDS #34 - Mr. Gyn
Saindo do mês de Outubro, como é a primeira sexta-feira do mês, trago uma banda que é de fora do cenário principal da música: Mr. Gyn.
Essa banda goiana da rock (Goiás não é só sertanejo) não é novinha, já está na estrada a um bom tempo, e essa música mesmo é mais conhecida.
Essa banda goiana da rock (Goiás não é só sertanejo) não é novinha, já está na estrada a um bom tempo, e essa música mesmo é mais conhecida.
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
Música para o FDS #33 - Elis Regina
Olá pessoal,
para fechar o mês do outubro rosa, nada como ela: Elis Regina.
Uma das maiores interpretes da música brasileira, deixou o mundo prematuramente, mas deixou seu legado, tanto musical quanto genético. Mãe de Maria Rita, Pedro Mariano e João Marcelo Bôscoli, todos ligados à música.
sexta-feira, 23 de outubro de 2015
Música para o FDS #32 - Rita Lee
Olá pessoal,
hoje, dando continuidade ao mês das mulheres, a rainha do rock Rita Lee. Ex-mutante, com seus cabelos coloridos inconfundíveis e voz característica.
quinta-feira, 22 de outubro de 2015
Zueiras Classe "A" #01
São piadas internas, mas que de repente possam se tornar externas.
Hoje começamos com um apelido dado pelo Beto.
Sicha, o sertanejo Gourmet
segunda-feira, 19 de outubro de 2015
A Lenda do Guaraná
A Lenda do Guaraná
Conta a Lenda que em uma aldeia dos índios Maués havia um casal, com um único filho, muito bom, alegre e saudável. Ele era muito querido por todos de sua aldeia, o que levava a crer que no futuro seria um grande chefe guerreiro. Isto fez com que Jurupari, o Deus do mal, sentisse muita inveja do menino. Por isso resolveu matá-lo. Então, Jurupari transformou-se em uma enorme serpente e, enquanto o indiozinho estava distraído, colhendo frutinhas na floresta, ela atacou e matou a pobre criança.
Seus pais, que de nada desconfiavam, esperaram em vão pela volta do indiozinho, até que o sol foi embora. Veio a noite e a lua começou a brilhar no céu, iluminando toda a floresta. Seus pais já estavam desesperados com a demora do menino. Então toda a tribo se reuniu e saíram para procurá-lo. Quando o encontraram morto na floresta, uma grande tristeza tomou conta da tribo. Ninguém conseguia conter as lágrimas. Neste exato momento uma grande tempestade caiu sobre a floresta e um raio veio atingir bem perto do corpo do menino. Todos ficaram muito assustados. A índia-mãe disse: "...É Tupã que se compadece de nós. Quer que enterremos os olhos de meu filho, para que nasça uma fruteira, que será nossa felicidade". E assim foi feito. Os índios plantaram os olhos do indiozinho imediatamente, conforme o desejo de Tupã, o rei do trovão.
Alguns dias se passaram e no local nasceu uma plantinha que os índios ainda não conheciam. Era o Guaranazeiro. É por isso que os frutos do guaraná são sementes negras rodeadas por uma película branca, muito semelhante a um olho humano.
sexta-feira, 16 de outubro de 2015
Música para o FDS #31 - Janis Joplin
Olá pessoal,
no dia de hoje, para embalar o fim de semana, nada com Janis Joplin, com sua voz rouca, rasgada e marcante.
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
Na Estante #02 - Graphic Novels MSP
Graphic Novels MSP
Como citei na primeira postagem, estou consumindo bastante
quadrinhos ultimamente e um projeto que me pegou de jeito foi esse das Graphic
Novels MSP. Como o nome diz, são várias histórias, e o MSP é a surpresa: MSP é
Mauricio de Sousa Produções. Isso mesmo, são histórias dos personagens do
Mauricio de Sousa.
Os personagens desse projeto vão além dos personagens da
turma da Mônica. Na verdade, a turma da Mônica aparece apenas junta e nenhuma
história separada. Cada personagem foi dada a um quadrinista diferente para
criar a sua história.
Até agora foram oito publicações, duas da turma da Mônica e
do Astronauta e do Chico Bento, Penadinho, Piteco e Bidu com uma de cada. As
segundas edições (da Mônica e do Astronauta) são sequencias diretas das
primeiras. No Astronauta eu inverti a ordem e ainda assim fez sentido, e na da
Mônica também faria a GN por si só, no entanto, como existem muitas referencias
à anterior, fica bem mais agradável.
Das oito eu li sete, e a primeira foi a do Bidu. Na verdade
eu já tinha visto o projeto, mas não havia chamado minha atenção. Sabia do
básico, que eram outros artistas dando sua visão sobre os personagens. Mas
ouvindo o Matando Robôs Gigantes (post sobre podcast) eles falaram do Bidu –
Caminhos, e me despertou a atenção. Coincidiu que na semana seguinte fui à uma
livraria e encontrei o exemplar. Li assim que cheguei em casa e fui
conquistado. Procurei o restante e me atualizei (quase), tanto que os dois últimos
que foram lançados (Penadinhos e Turma da Mônica - Lições) eu comprei logo que
foram lançados.
Até um fato curioso teve, quando fui na livraria e estava
procurando o Penadinho, o vendedor veio perguntar se precisava de alguma coisa,
nisso achei o que queria. Agradeci e disse que já tinha achado, então ele
começou a perguntar se eu tinha lido as outras revistas e como eram. Acabou que
eu fiz o papel que era o dele.
São revistas muito legais e que eu, como consumi muito gibi
quando menor, via aqueles personagens como eles de fato, mas ao mesmo tempo
diferentes. Explicando melhor, os traços e alguns aspectos da história
(histórias mais complexas, as do Astronauta e do Piteco, por exemplo são mais
densas) diferentes, mas a alma permaneceram.
Update: foram anunciados para a terceira etapa as GN do
Papa-Capim e do Louco, e foi lançado recentemente a Turma da Mata.
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
Questão de Opinião #17 - O Peso que carregamos
.
O Peso que carregamos
Semana passada eu fui à feira para comer pastel e tomar
caldo de cana, coisa que fazia muito tempo que não fazia. Era uma manhã de
domingo bastante quente, mesmo sendo dez horas da manhã. Como já estava na
feira comecei a olhar as barracas para comprar algumas frutas e passeando vi um
rapaz carregando uma caixa cheia de laranjas.
Reconheci o rapaz, eu havia estudado com ele anos antes na
escola. Ele também me reconheceu e parou para me cumprimentar e acabamos
conversando um pouco. Notei que ele estava bastante suado, a pele marcada do
sol e um aspecto bem cansado. Me disse que estava trabalhando na feira para um
cunhado já a quatro meses, pois não conseguia outro emprego desde que fora
despedido de uma empresa de telemarketing. A rotina era bastante cansativa,
eles montavam a barraca às cinco da manhã e iam desmontá-la perto do meio dia.
No período da tarde ainda tinha que ir ao Seasa para repor as mercadorias, ou
seja, mais caixas pesadas. Me disse ainda que trabalhava de domingo a domingo,
com chuva ou sol, na verdade aos domingos, apenas, podia descansar a tarde.
Após esses poucos minutos de conversa nos despedimos, ele
voltou ao trabalho e fui comer meu pastel. Enquanto comia, me compadeci do
destino de meu colega. Ainda lembrava dos velhos tempos, enquanto estudávamos.
Ele sempre caçoava de mim porque minha mochila estava sempre pesada, com
cadernos e livros, enquanto ele levava para a escola apenas um caderno e uma
caneta (caderno esse que durou todo o ensino médio), e que mesmo assim era
aprovado e não repetia de ano. Todo aquele meu esforço era inútil. A última vez
que havíamos encontrado foi pouco depois de sairmos da escola, ele estava todo
feliz que já estava trabalhando (ganhando dinheiro dizia), enquanto eu ainda
estava estudando e contando moedas.
Fui para casa ainda pensando em tudo isso que havia
acontecido na feira, sobre o nosso passado, e agradecendo à Deus sobre minha
situação atual, que é bem mais tranquila que do meu colega. Assim pude perceber
uma coisa: todos iremos carregar peso nessa vida, cabe a nós apenas escolher
quando iremos, por quanto tempo e quanto ganharemos por isso.
(essa é uma estória
ficcional que na realidade não aconteceu, mas pode acontecer com outras pessoas
por esse grande Brasil.)
terça-feira, 13 de outubro de 2015
Frase da Semana #29
"É permissível a cada um de nós morrer pela sua fé, mas não matar por ela."
Hermann Hesse
Hermann Hesse é um escritor alemão, que mais tarde se naturalizou suiço. Vivenciou as duas grandes guerras e seu livro mais conhecido é o "Lobo das estepes".
sexta-feira, 9 de outubro de 2015
Música para o FDS #30 - Natalie Imbruglia
Olá pessoal,
hoje trago mais uma mulher para esse mês de outubro, Natalie Imbruglia. O maior sucesso dessa cantora australiana na década de 1990 Torn. Um clipe que era visto todos os dia na MTV, mostrando a desconstrução do apartamento e tudo mais.
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
Já ouviu falar em Crowdfunding? #4
Para você
que acompanhou as postagens anteriores sobre crowdfunding pode, de repente,
imaginar que essa ferramenta é utilizada apenas por artistas para dar vida às
suas obras. Publicar um livro ou um HQ, gravar um disco ou um filme, montar uma
peça teatral. Mas não é só isso. Ele também é utilizado para muitas outras
finalidades além da esfera artística.
Existem
projetos ligados à criação de produtos e empresas, projetos ligados à educação
como criação de laboratório ou financiamento para participar de alguma
competição. E ainda projetos ligados à natureza e preservação de animais, que é
o foco dos projetos que apresento hoje.
Como
sabemos, a fauna brasileira é uma das mais ricas do mundo, e não se restringe à
Amazônia, mas outros biomas são tão ricos quanto, como o Cerrado e Mata
Atlântica. Ainda existem animais que não se restringe a um bioma especifico
como a onça-pintada que ocupava toda a América do Sul e central, por exemplo.
Sabemos ainda que muitos desses animais estão ameaçados de extinção e para
ajudar isso não acontecer é necessário muito trabalho. Então os projetos
abrangem várias etapas para a preservação. Existem projetos para o estudo de
algum animal para conhecer seus hábitos, conhecê-lo melhor para se desenvolver,
a partir desses estudos, táticas para uma abordagem mais eficaz. Outros visam
ajudar ONGs que protegem animais resgatados e se preocupa com a reinserção na
natureza, e ainda há aqueles que promovem a educação da população para ajudar
na preservação deles e não predação dos mesmos.
Alguns dos
projetos que estão no ar são:
Fluxo de
energia: Jacaré-do-papo-amarelo ( https://www.catarse.me/pt/fluxojacare?ref=explore
)
É um projeto
para o estudo desses animais que se encontrava originalmente por todo o Brasil.
Para a pesquisa acaba sendo necessárias várias coisas como barco e motor, já
que é um animal que passa a maior parte do tempo na água e ainda material de
laboratório.
Onças no DF ( https://www.catarse.me/pt/oncasdf?ref=explore
)
O projeto é
para uma ONG do interior de Goias que abriga animais resgatados de criadores
ilegais, atropelados ou que de algum modo precisa da ajuda. Ainda faz um
trabalho para reinserir animais de volta às matas e de pesquisa de campo, então
são necessárias câmeras e armadilhas.
Sou amigo do
Lobo (http://www.kickante.com.br/campanhas/participe-do-projeto-sou-o-amigo-lobo
)
Esse tem
como objetivo a educação da população. Quando se pensa em lobo se pensa em um
animal carnívoro e altamente agressivo, mas no Brasil o lobo-guará não é assim.
É um animal onívoro (come carne e vegetais) e a carne é de pequenos roedores
que caça e galinhas, quando lhe faltam alimentos.
Melissa –
SOS Abelhas Nativas Brasileiras ( http://www.kickante.com.br/campanhas/melissa-sos-abelhas-nativas-brasileiras
)
Essa abelhas
veem tendo seu numero reduzido devido a degradação de seu meio natural e a concorrência
com abelhas vindas de fora que tem uma maior produção de mel.
terça-feira, 6 de outubro de 2015
Frase da Semana #28
"Um homem que não se dedica à família jamais será um homem de verdade"
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
Música para o FDS #28 - Verônica Ferriani
E aí pessoal, hoje é sexta-feira, dia de música aqui no blog. E mais primeira sexta-feira do mês, dia de artistas nacionais (de preferência não tão conhecidos). E ainda tem mais, mês de outubro. Outubro rosa, mês da prevenção do câncer de mama, então, esse mês apenas música de mulheres.
Para hoje, apresento-lhes Verônica Ferriani, essa moça que nasceu na cidade que é um celeiro de talentos: Ribeirão Preto. Faz shows por todo o Brasil cantando jaz e mpb. Uma voz bastante agradável aos ouvidos e canções que abraçam o coração.
Para conhecer mais, é possível visitar o seu site: http://veronicaferriani.com/
quinta-feira, 1 de outubro de 2015
Outubro Rosa
Hallo pessoal, como vocês já devem ter notado, a cara do
blog está um pouco mais rosa, isso devido ao mês que se inicia hoje.
O Outubro Rosa é um movimento popular comemorado no mundo
inteiro que remete à cor do laço que simboliza a luta contra o câncer de mama
feminino (existe câncer de mama em homens também, apesar de ser bem menos frequente).
Esse movimento estimula a participação da população, empresas e entidades para
maior consciência, busca de tratamento e diagnóstico dessa doença.
jardim Botânico em Curitiba
Durante o mês de outubro, várias prefeituras e outros órgãos
públicos costumam mudar a cor da iluminação de monumentos para lembrar da importância
do movimento. Vários setores também costumam entregar laços cor-de-rosa para
serem usados na altura do peito pelas pessoas. Campanhas de prevenção são
realizadas em espaços públicos para facilitar o acesso da maior parte de
pessoas possível.
O câncer de mama feminino é que tem a segunda maior incidência
de casos novos no Brasil, perdendo apenas para o câncer de próstata e logo a
frente do colo de útero. A estimativa para o ano de 2014 era de 57.120 novos
casos. E como todo tipo de câncer, quanto mais inicial for encontrado maior é a
possibilidade de cura. O tratamento engloba cirurgia e/ou quimioterapia e/ou
radioterapia, sendo que a abordagem e decisão de tipo de tratamento (se era utilizada
uma, duas ou as três técnicas) depende do estadiamento da doença.
Opera House em SIdney
A prevenção sempre é o melhor remédio, então, tanto mulheres
quanto homens, procurem conhecer seus corpos e fazer os exames preventivos com
a periodicidade adequada. No caso das mulheres é indicado se fazer anualmente a
mamografia a partir dos 50 anos, e se houver casos de câncer de mama na família,
dos 40.
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
Questão de Opinião #16 - Zona de Conforto
Zona de Conforto
Como o próprio nome diz, a zona de conforto é uma região
onde a pessoa se sente confortável. Isso nas mais diversas esferas que
pertencemos. É interessante estarmos nessa região? Lógico, afinal, quando estamos
na zona de conforto temos poucas (ou nenhuma) preocupações relacionadas ao
assunto.
É mais do que batido dizer que “para crescer é preciso sair
da zona de conforto”, mas será que é verdade? Não sei você, caro amigo, mas eu
acredito. Todos os anos eu me proponho a começar ou aprender algo novo, e com
isso evoluir.
Eu mesmo me desafio a empreender essas novas jornadas e sei
que se não for dessa maneira, continuarei na mesma. Na época da escola e
faculdade eu tinha todo o tempo do mundo para estudar e fazer os trabalhos,
mas, invariavelmente, eu ia deixando e ficava tudo para última hora, e fazia. Traduzindo
para o contexto, enquanto não havia a cobrança eu estava na zona de conforto e
não fazia nada, mas com a proximidade da data limite essa zona me era tirada, e
eu tinha que me virar. Acredito que assim, como eu muitos faziam, fazem e ainda
farão.
Se você dança ou toca algum instrumento, tente aprender
novos ritmos ou fazer em uma velocidade maior. Não vai ser fácil no começo, mas
logo esse novo ritmo, ou velocidade, já estará sendo executados de forma
natural, de maneira confortável.
Outra situação cotidiana que é possível observar a
acomodação na zona de conforto é no emprego. Quando no inicio a pessoa,
geralmente, não se importa de chegar mais cedo, sair mais tarde e se esforçar
para mostrar seu valor. Mas quando ganha a confiança e se acomoda, começa a
chegar atrasado, não pode sair um minuto mais tarde, inventa desculpa para não
realizar as tarefas. Porém, se houver um boato que a empresa está em crise e
haverá demissões, a pessoa volta a se mexer.
É proibido ficar nessa posição? De jeito nenhum, mas, pode
não ser tão seguro quanto parece. É muito mais fácil capturar um boi que pasta
todos os dias no mesmo lugar que um búfalo selvagem que tem que migrar atrás de
alimento e água. Se você tem sua zona de conforto, não precisa abandoná-la,
basta continuar exercitando para caso apareça um predador, você ainda tenha
condições de correr.
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
A festa no Céu
A festa no Céu
Num tempo em que os animais falavam, correu uma noticia
entre os bichos de que ia acontecer uma Festa no Céu!
Toda a bicharada ficou animada! Festa!? Oba! Que beleza! E
no céu ainda! Ah! Todos queriam ir, é claro!
Mas, no meio daquele falatório todo, apareceu um beija-flor
com uma novidade: Só poderia ir na festa, bicho que soubesse voar!
-O Quê? – falou o macaco.
-Como assim? – Resmungou a raposa.
E todos os que ao sabiam voar ficaram muito zangados e
chateados... Menos o sapo.
É que ele já tinha uma bela idéia para conseguir chegar à
festa: O urubu era o músico do pedaço. Não sabia cantar, mas tocara uma viola
como ninguém.
No dia da festa, o sapo, aproveitando um momento de distração
do urubu, entrou pelo buraco e se escondeu dentro da viola. O urubu passou a
mão na viola e foi voando para a festa.
Chegando lá. Colocou a viola num canto e fui cumprimentar os
amigos, tomar uma bebida antes de começar a tocar.
Nesta hora o sapo saiu bem de fininho de dentro da viola e
foi para o grande salão!
Nossa! Era um lugar como ele nunca havia visto: Tapetes de
nuvens, paredes de por do sol e céu de madrugada estrelado. Nem podia acreditar
no que seus olhos viam.
Quando recuperou o fôlego, saiu pulando e dançando. A
surpresa foi geral. Como é que o sapo, bicho feio e sem asas, tinha conseguido
chegar ali?
- Voando! – ele dizia e dava risada.
Depois de muito dançar, cantar, comer, beber, rir, os
animais foram ficando cansados e aos poucos começaram a ir embora.
O Sapo acho que estava na hora de se esconder de novo para
voltar para a terra.
Discretamente, sem que ninguém visse, entrou novamente no
buraco da viola do urubu.
O Urubu foi um dos últimos a sair. Tinha comido bastante e
estava se sentindo pesado. No meio do
caminho começou a cantar, o sapo, distraído, começou então a dançar.
O urubu imediatamente percebeu o movimento do sapo. Olhou
pelo buraco da viola e viu ali, o sapo,
fazendo ele de burro de carga. Ficou louco de raiva. Olhou lá dentro da viola e
disse:
-Ah, então foi assim que você veio para a festa? Me fazendo
carregar todo esse peso? Você me paga, daqui você não passa.
E virou a viola de cabeça para baixo! O sapo foi caindo,
caindo, caindo....
E o sapo se espatifou todinho ao cair em cima de uma pedra.
Depois, os bichos da terra ficaram com pena dele. Recolheram
todos os seus pedacinhos e remendaram.
Dizem que é por isso que o sapo tem a pele toda costurada
até hoje!
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
Música para o FDS #27 - Lobão
Hoje, dia 25 de setembro, é o dia do Rádio. Ouvi isso no rádio hoje pela manhã, então não poderia ser diferente o post de hoje: uma música de homenagem.
A música é "Rádio Blá" do Lobão.
A música é "Rádio Blá" do Lobão.
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
Na Estante #01 - O Monstro - Lembranças
O Monstro - Lembranças
Como havia dito na postagem anunciando a criação dessa nova coluna, eu
já tinha a vontade fazia tempo de criá-la, mas estava sempre adiando, colocando
empecilho que impediam a concretização. No entanto, após ler essa Graphic Novel
(junto também com outros acontecimentos), percebi que para ela acontecer eu
teria que fazer alguma coisa, a coluna não se criaria sozinha.
Pois bem, comecemos do começo. Acho que já escrevi isso aqui (ou em
algum texto que depois vou colocar), mas faz parte da minha rotina, logo pela
manhã acessar alguns sites de tirinhas para animar meu dia, e um desses sites é
o mentirinhas, do Fábio Coala. O mentirinhas eu acompanho desde, pelo menos,
2011, quando as pessoas nem tinham braços; e o site contam com alguns
personagens, um deles é O Monstro.
Pense em um ser grande, roxo, com um olho verde e outro azul, um
narigão, rabo, um par de asas minúsculas e três fios de cabelo amarelo, esse é
o Monstro. Apesar da aparência, e do nome, assustadora ele está sempre disposto
a ajudar quem o possui. Esqueci de falar, ele é de pelúcia (no mundo físico).
Todas as histórias dele levam a alguma reflexão.
Em uma manhã de segunda-feira, antes de ir para a faculdade dar aula,
passei no hospital e dei uma conferida no site. O coala estava anunciando que
estava começando um projeto de crowndfunding para fazer a Graphic Novel. Pensei
“depois que voltar vejo melhor”. Mas segunda era uma dia muito corrido e não
consegui ver. Na terça-feira, mais da metade da meta já havia sido atingida, me
enrolei e não fiz o cadastro. Na quarta-feira já havia se esgotado as possibilidade
de recompensa mais acessíveis. Fiquei sem a HQ.
Mas quando foi esse ano, procurando um livro que havia sido lançado
recentemente, entrei no site da Marsupial editora e me deparei com “O monstro”.
Não titubeie e já comprei-o. Quando chegou (junto com outros dois livros) já
fui abrindo o pacote, olhei os três e comecei a folhear a HQ.
essa imagem não pertence à Graphic Novel
Sem dar muitos spoilers, a história começa meio sem sentido, pelo
menos pra mim, mas se amarra de forma impressionante no final (faltando bem
pouquinho para a revelação eu saquei), e foi muito bacana. Uma carga emocional
muito grande e situações que nos leva a pensar em muitas coisas. O livro também
vem com um micro-chip de GPS embutido muito disfarçado que revela sua
localização para os “ninjas-cortadores-de-cebola” te encontrar, essa é a única
explicação que vejo para eles terem aparecido.
Resumindo, é uma história fantástica que todo mundo deveria ler.
É muito rápida e tem umas sacadas que conversam muito bem com toda a HQ. Não é
preciso conhecer o monstro previamente, ou o site do mentirinhas, mas acredito
que conhecendo tem um tempero a mais. Mas pode ser também uma porta de entrada
para as publicações diárias do Coala. E só tenho que agradecer o monstro, que sempre ajuda quem tem contato com ele, por também ter me ajudado e ter me dado coragem para iniciar esse projeto.
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
Questão de Opinião #15 - Não é o que parece #2 - Preguiça
Não é o que parece #2 – Preguiça
Continuando a série que comecei na quinzena anterior, hoje é o dia da
preguiça. Até hoje, nunca ouvi ninguém
elogiar alguém de “preguiçoso”, muito pelo contrário. E da mesma forma que a
inveja (leia aqui), ser preguiçoso, ao meu ver, pode não ser de todo ruim.
Em geral, logicamente, ter preguiça é prejudicial à pessoa e ao grupo
que convive com ela. A preguiça impede que esse ser realize as atividades que
são necessárias. Isso se ela vier desacompanhada, mas e se ela estiver
acompanhada da criatividade?
Imagino que muito das grandes invenções e avanços se deram quando essas
duas coisas formaram uma parceria. Bem lá no início da humanidade, o homem
formava tribos que vagavam procurando comida que pudessem coletar e animais que
pudessem caçar e passaram a fixar em um local (o sedentarismo) com a “descoberta”
da agricultura. Ao invés de andar quilômetros todos os meses, agora ele mora
sempre no mesmo lugar, acredito que há um dedinho de preguiça ai. E mais, será coincidência
uma pessoa que não pratica exercícios físicos ser chamada de sedentária?
Na agricultura era preciso que o homem arasse a terra, para deixar o
solo mais fofo e a semente tivesse mais facilidade para se desenvolver. Mas foi
um preguiçoso que viu que ele podia amarrar o seu arado em um boi que esse
faria o serviço por ele. Para que remar um barco, se existem motores à vapor.
Um preguiçoso juntou os dois e agora o barco se movia com muito menos esforços?
E aquele senhor que tinha preguiça de alimentar seu cavalo todos os dias?
Pensou em uma carroça que andasse sozinha.
Ou seja, mesmo a preguiça sendo algo tão ruim que impede de se fazer
coisas, ela pode ser justamente o gatilho para se inventar algo que poupe
trabalho e energia.
terça-feira, 22 de setembro de 2015
Frase da Semana #27
"Lute, e o mundo luta com você; perca, e você perde sozinho"
Ouvi essa frase hoje mais cedo no "Rapaduracast 438 - O Clube dos Cinco" e o Raphael Draccon soltou, vinda da cultura oriental, essa sobre o como é a vida em que na hora que as pessoas mais precisam (na derrota) ficam sozinhas.
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
A Raposa e as Uvas
A Raposa e as Uvas
Uma Raposa,
morta de fome, viu, ao passar diante de um pomar, penduradas nas ramas de uma
viçosa videira, alguns cachos de exuberantes Uvas negras, e o mais importante,
maduras.
Não pensou duas vezes, e depois
de certificar-se que o caminho estava livre de intrusos, resolveu colher seu
alimento.
Ela então usou de todos
os seus dotes, conhecimentos e artifícios para pegá-las, mas como estavam fora
do seu alcance, acabou se cansando em vão, e nada conseguiu.
Desolada, cansada, faminta, frustrada com o
insucesso de sua empreitada, suspirando, deu de ombros, e se deu por vencida.
Por fim deu meia volta e foi
embora. Saiu consolando a si mesma, desapontada, dizendo:
"Na verdade, olhando com mais atenção, percebo agora
que as Uvas estão todas estragadas, e não maduras como eu imaginei a
princípio..."
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
Música para o FDS #25 - Inspetor Faustão e o Mallandro
Para quem nasceu na década de 80 provavelmente viu esse filme na sessão da tarde na década seguinte (entre tantos outros): O Inspetor Faustão e o Mallandro.
Nesse filme de 1991 em que o Faustão e o Sérgio Mallandro são dois policiais que combatem o tráfico de animais silvestres. Nesse filme também surgiu essa pérola do cancioneiro popular brasileiro.
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
Na Estante #00 - A Origem
Na estante
Esse é um bloco que pensei
juntamente com a criação do blog, mas que ainda não havia aparecido por dois
motivos básicos. O primeiro é não acabei de ler nenhum livro desde que comecei
o blog (apesar de ter começado uns três)(update: terminei); e segundo é complicado manter uma
periodicidade.
Pensei em lançar a coluna quando
já tivesse um público maior e constante, então eles também enviariam suas
impressões sobre o que leram e poderia ter material para manter a frequência.
Mas pensei bem, e ainda gostaria de contar com a participação dos leitores
principalmente, mas vou lançar a coluna sem ter uma periodicidade determinada.
Pode ser que demore mais de mês entre duas publicações ou três semanas
seguidas, vamos ter a coluna.
Apesar de não ter terminado de
ler nenhum livro, eu tenho lido muito nesses últimos meses. Além de coisas
voltada ao trabalho, muitas HQs (histórias em quadrinhos). Mas por que não
colocá-las aqui? Não serão todas, mas algumas que selecionarei, inclusive “O
Monstro – lembranças” que foi o que realmente me fez mudar de idéia (Ah, esse
monstro sempre apronta dessas!). E não serão apenas livros, mas HQs, CDs e filmes, quem sabe?!
Acompanhando melhor esse mundo
dos quadrinhos puder notar que o cenário nacional está muitissimo bem
representado. São muitos ilustradores, roteiristas, arte-finalistas,
etc....embora muitos acumulem as funções. Além dos já antigos e consagrados
Angeli, Glauco entre outros, essa nova geração está muito bem representada
Fábio Coala, os irmãos Cafaggi, Danilo Beiruth, Chris Peters e o menino Gustavo
Borges (são só exemplos, tem muitos e muitos outros).
Então, já dei dicas sobre os
próximos dois posts. E se alguém acabou de ler alguma coisa e tiver interesse
de divulgar sua opinião, não se acanhe, mande um email para papoclassea@gmail.com com seu texto que
publicaremos.
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
TECNOBORGUETE #8 - .brO uso do Software na Gestão do Futebol
.brO uso do Software na Gestão do
Futebol
Olá a todos, o post de hoje é sobre a
utilização da tecnologia para aprimoramento de resultados no futebol. Trata-se
de um software chamado SAP Hana (High-Performance Analytic Appliance ou Aplicação Analítica de
Alta Performance) de uma empresa Alemã chamada SAP (Sistemas, Aplicativos e
Produtos para processamento de dados), que o objetivo de sua implantação é
análise de dados dos jogadores, das partidas do campeonato em que o clube
disputa e dos adversários, afim de melhorar a performance da disputa de uma
partida de futebol. A princípio os dados e resultados são coletados no Software
pelos profissionais do Centro de Dados Digital (CDD) e depois é enviado a cada
atleta por meio de Tablets pessoais de cada um.
O software já é usado pela seleção da
Alemanha, campeã da Copa do Mundo de 2014, e hoje no Brasil o Grêmio, clube de
futebol do Estado do Rio Grande do Sul,
um investimento de cerca de R$ 3,5 Milhões de Reais para os cofres Gremistas,
que já iniciou o uso da tecnologia, porém em fase inicial de testes, sendo o primeiro
clube da América Latina. Nos dias atuais, faz-se necessário à busca por métodos
eficientes de trabalho para melhoria da qualidade, no caso no ambiente escolar
em que trabalho identifico muitas necessidades de melhoria na Educação de um
país de um modo geral, ou como citado acima, no esporte. O futebol para
rendimento dos atletas de alto desempenho, e a implementação da ferramenta
computacional ou tecnológica é uma grande iniciativa, mas é necessário um alto
investimento e profissionais capacitados a utilizarem, pois contando que o
projeto não fique só na idéia e ação de aquisição. É evidente que se capacite e
conscientize os profissionais e o público ao uso da tecnologia, assim podemos
afirmar que objetivos e benefícios serão alcançados no uso do Software nos detalhes
que decidem partidas de futebol e na Educação como desenvolvimento de aptidões
nos alunos com determinadas atividades envolvendo informática.
Para conhecer melhor o Software SAP Hana
compartilho o link da reportagem do clube de futebol Grêmio, grande iniciativa
com alto investimento, que já se tem um exemplo da Seleção Alemã colhendo
excelentes resultados no campo Futebolístico. Obrigado e até o próximo Post,
excelente semana a todos.
terça-feira, 15 de setembro de 2015
Frase da Semana #26
Esse ano foi encontrada no cofre de uma escola de Porto Alegre uma carta escrita pelo físico Albert Einstein. Essa carta que estava guardada havia muito tempo continha uma frase que chamou muita a tenção:
"O pensar é para o homem, o que é voar para os pássaros. Não toma como exemplo a galinha quando podes ser uma cotovia"
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
Música para o FDS #24 - Red Hot Chilli Peppers
Relembrando os tempos idos quando essa banda californiana estouravam nas paradas das rádios FM e na MTV,
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
Pedindo Pizza com RAP
Semana passada eu postei um vídeo de como pedir pizza de uma forma diferente, cantando música clássica.
Mas nem todos tem esse talento, de modo que uma alternativa é pedir pizza cantando rap.
Mas nem todos tem esse talento, de modo que uma alternativa é pedir pizza cantando rap.
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Questão de Opinião #14 - Não é o que parece #1 - Inveja
Não é o que parece #1 - Inveja
Hoje inicio
uma série de textos (não serão consecutivos) que é intitulada “não é o que
parece”. O que seria isso? São assuntos ou temas que podem parecer ruins, mas
de acordo com a motivação certa, um olhar próprio, passa a ser bom. Ou o
contrário, assuntos que inicialmente são bons e passam a ser ruins, e o
primeiro é a inveja.
A inveja é
uma palavra que quase que instantaneamente traz um sentimento ruim quando
pronunciada ou lida. Dizer que uma pessoa é invejosa é uma ofensa, é um defeito
abominável. No entanto, acredito que a tomada de decisão para o julgamento da
pessoa deve dar mais alguns passos antes de ser tomada.
Digo isso,
pois, a inveja pura e simples, de fato, é ruim, não há como negar. Mas ela pode
ser convertida em algo positivo, gerar um desconforto e fazer a pessoa a tomar
decisões que a evolua.
Vamos a um
exemplo, eu encontro um amigo e descubro que ele comprou um carro novo, olho
para o meu velhinho e a inveja domina meu ser, eu queria ter um carro daquele.
Se parar por ai é ruim. Mas essa inveja me leva a refletir: por que ele tem
aquele carro? Porque ele tem dinheiro. Então se eu tiver dinheiro eu posso
comprar um carro daquele. E bingo, descubro que preciso mexer meu traseiro
gordo para ganhar dinheiro.
Outro exemplo,
meu amigo aparece com uma namorada muito bonita, e todas as meninas que eu saio
(se eu saio) são muito feias: eu fico com inveja. Mas eu sou feio, sem nenhum
atrativo às mulheres bonitas. Vou começar a me virar para me tornar atraente:
tentar ir à academia, ficar mais inteligente, descolado. Não sei, mas vou fazer
algo que desperte o interesse das mulheres.
Enfim, nos
dois exemplos (apesar de serem bem toscos) elucida o meu ponto de vista. A
inveja é ruim, mas pode ser boa se ela for aquela motivação para fazer a pessoa
evoluir, pois muitas vezes precisamos de algo que nos incomode e nos faça sair
da zona de conforto. Se a pessoa for acometida por esse mal e ficar na mesma,
só reclamando, com toda certeza, é bastante ruim. Ou pior, levar a pessoa a
tomar uma atitude má.
terça-feira, 8 de setembro de 2015
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
Pedindo pizza com classe
Acredito que a maioria das pessoas gostam de pizza. E nada mais confortável do que comê-la em seu lar, com a roupa mais larga, descalço, sentado o sofá enquanto assiste o que bem entende na televisão. Imagina se você morar em uma cidade grande e tiver passado uma semana bem corrida e cansativa. E para isso basta pedir a pizza que ela chegará em sua residência.
Mas por que pedir de uma maneira convencional, igual a todo mundo? E se inovássemos na forma de fazer o pedido? A família Horn fez isso, pediu uma pizza com classe, literalmente falando. Veja só:
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
TecnoBorguete #7 - Games e educação no trânsito
Olá
a todos que acompanham o blog, depois de alguns dias sem escrever, volto com os
posts sobre tecnologia, e hoje abordarei um tema que me agrada muito que é o
aprendizado envolvendo a utilização de Games que além de ser um atrativo ao
entretenimento, ele apoiam o desenvolvimento cognitivo dos usuários. Na
reportagem que acessei (neste link aqui), citam
dicas de aplicativos e games que colaboram e servem de apoio para noções básicas
de trânsito além da conscientização de crianças, jovens e adultos tem indicação
de vários jogos que são voltados a educação no trânsito e até mesmo preparando
o usuário ao exame de habilitação seguindo as regras do DENATRAN (Departamento
de Nacional de Trânsito). Boa leitura e até a próxima...
Mudanças
Olá amigo leitor, venho comunicar uma pequena alteração na programação do blog. A partir de hoje ela fica da seguinte maneira:
Segunda-Feira: Conto um conto
Terça-Feira: Frase da Semana e Piada da Semana
Quarta-Feira*: TecnoBorguete/Questão de Opinião
Quinta-Feira: conteúdo aleatório
Sexta-Feira: Música para o FDS
*as colunas da quarta-feira se alternarão, então irão ao ar a cada 15 dias.
Segunda-Feira: Conto um conto
Terça-Feira: Frase da Semana e Piada da Semana
Quarta-Feira*: TecnoBorguete/Questão de Opinião
Quinta-Feira: conteúdo aleatório
Sexta-Feira: Música para o FDS
*as colunas da quarta-feira se alternarão, então irão ao ar a cada 15 dias.
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
O Único Assassinato de Cazuza - parte 2
O Único Assassinato de Cazuza
de Lima Barreto
você encontra a parte 1 aqui.
...continuando
Os dois calaram-se e,
silenciosos, se puseram a fumar. Ambos pensavam numa mesma coisa: em encontrar
remédio para um tão deplorável estado de coisas. Mal acabavam de fumar,
Ponciano disse desalentado:
- E não há remédio.
Hildegardo secundou-o.
- Não acho nenhum.
Continuaram calados alguns
instantes, Hildegardo leu ainda um jornal e, dirigindo-se ao amigo, disse:
- Deus não me castigue, mas eu
temo mais matar do que morrer. Não posso compreender como esses políticos, que
andam por aí, vivam satisfeitos, quando a estrada de sua ascensão é marcada por
cruzes. Se porventura matasse creia que eu, a que não tem deixado passar pela
cabeça sonhos de Raskólnikoff, sentiria como ele: as minhas relações com a
humanidade seriam de todo outras, daí em diante. Não haveria castigo que me
tirasse semelhante remorso da consciência, fosse de que modo fosse, perpetrado
o assassinato. Que acha você?
- Eu também; mas você sabe o que
dizem esses políticos que sobem às alturas com dezenas de assassinatos nas
costas?
- Não.
- Que todos nós matamos.
Hildegardo sorriu e fez para o amigo com toda
a serenidade:
- Estou de acordo. Já matei
também.
O médico espantou-se e exclamou:
- Você, Cazuza!
- Sim, eu! - confirmou Cazuza.
- Como? Se você ainda agora
mesmo...
- Eu conto a coisa a você. Tinha
eu sete anos e minha mãe ainda vivia. Você sabe que, a bem dizer, não conheci
minha mãe .
- Sei.
- Só me lembro dela no caixão
quando meu pai, chorando, me carregou para aspergir água benta sobre o seu
cadáver. Durante toda a minha vida, fez-me muita falta. Talvez fosse menos
rebelde, menos sombrio e desconfiado, mais contente com a vida, se ela vivesse.
Deixando-me ainda na primeira infância, bem cedo firmou-se o meu caráter; mas,
em contrapeso, bem cedo, me vieram o desgosto de viver, o retraimento, por
desconfiar de todos, a capacidade de ruminar mágoas sem comunicá-las a ninguém
- o que é um alívio sempre; enfim, muito antes do que era natural, chegaram-me
o tédio, o cansaço da vida e uma certa misantropia.
Notando o amigo que Cazuza dizia
essas palavras com emoção muito forte e os olhos úmidos, cortou-lhe a confissão
dolorosa com um apelo alegre:
- Vamos, Carleto; conta o
assassinato que você perpetrou.
Hildegardo ou Cazuza conteve-se e
começou a narrar.
- Eu tinha sete anos e minha mãe
ainda vivia. Morávamos em Paula Matos... Nunca mais subi a esse
morro, depois
da morte de minha mãe...
- Conte a história, homem ! - fez
impaciente o doutor Ponciano.
- A casa, na frente, não se
erguia, em nada, da rua; mas, para o fundo, devido à diferença de nível,
elevava-se um pouco, de modo que, para se ir ao quintal, a gente tinha que
descer uma escada de madeira de quase duas dezenas de degraus. Um dia, descendo
a escada, distraído, no momento em que punha o pé no chão do quintal, o meu pé
descalço apanhou um pinto e eu o esmaguei. Subi espavorido a escada, chorando,
soluçando e gritando: "Mamãe, mamãe! Matei, matei..." Os soluços me tomavam
a fala e eu não podia acabar a frase. Minha mãe acudiu, perguntando: "O
que é, meu filho !. Quem é que você matou?" Afinal, pude dizer:
"Matei um pinto, com o pé."
E contei como o caso se havia
passado. Minha mãe riu-se, deu-me um pouco de água de flor e mandou-me sentar a
um canto: "Cazuza, senta-te ali, à espera da polícia." E eu fiquei
muito sossegado a Um canto, estremecendo ao menor ruído que vinha da rua, pois
esperava de fato a polícia. Foi esse o único assassinato que cometi. Penso que
não é da natureza daqueles que nos erguem às altas posições políticas, porque,
até hoje, eu...
Dona Margarida, mulher do doutor
Ponciano, veio interromper-lhes a conversa, avisando-os que o
"ajantarado" estava na mesa.
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
Classe "A" Investiga - Fenômeno Sicha _ Part 3 (final)
Fomos à salgadeira da Dona Cleide
que fica perto da escola de música. Ela fez revelações impressionantes. “Eu
gosto muito dele. É curioso, porque ele é o meu melhor cliente, mas nunca me
entregou um real sequer, coitado!”, nos disse Cleide. Confusos com isso,
continuamos nossa conversa com a proprietária, “ele vem aqui quase todos os
dias, mas sempre vem acompanhado com algum aluno, professor ou amigo dele. Come
por volta de uns três salgados, mas nunca tem dinheiro, aí a outra pessoa paga”.
Dona Cleide disse que não se importa com isso, e no começo pensou que ele se
prostituia por salgados, mas quando soube que não aproveitou a situação. Desde
que Sicha começou a freqüentar a lanchonete ela já contratou cinco
funcionárias. “Eu sempre pergunto na escola quando ele entra de férias para eu também
dar férias pras meninas. O movimento cai 80% nessa época.”
No sábado tentamos a nossa última
abordagem. Fomos à casa de Sicha novamente, mas devido a uma música muito alta
não ouviram o interfone. Nesse momento estava saindo um veiculo utilitário da
garagem, adesivos diziam que era do açougue do Gérson. O condutor parou para
conversar com nossa equipe. “Nossa, é todo sábado que venho aqui trazer as
coisas. Todo sábado tem churrasco. O açougue fica a um quarteirão, mas tenho
que vir de carro porque é muita carne, carvão, cerveja e outras bebidas. Carne
só picanha, um pouco de lingüiça. Mas frango ele não come, diz que lembra um
amigo dele.” Revelou Luiz, o entregador, e terminou a entrevista dizendo, “mas
vocês me dão licença que eu ainda tenho que encher mais uma vez o carro, tenho
que trazer a outra metade da mercadoria.”
Após essa entrevista desistimos
de falar com Sicha. Podemos compreender superficialmente esse “fenômeno Sicha” na
economia local. Graças aos hábitos do famoso multi-tarefas ele gera empregos
diretamente, como o mordomo Jaime e outros empregados em sua casa, no pesqueiro
do Toshiro, na escola em que ele dá aulas e açougue. E ainda empregos que são
gerados indiretamente, como na fábrica de ração, na fazenda e lanchonete.
Enfim, Sicha é gente que faz.
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
Classe "A" Investiga - Fenômeno Sicha - Parte 2
Em nossa saída vimos um caminhão
entregando a ração utilizada pelo Sr. Toshiro. Resolvemos ir mais a fundo na
investigação. Marcamos uma entrevista para terça-feira pela manhã com Antonio
Manuel Ferreira, proprietário da fábrica de ração. Ele nos atendeu no horário
combinado. “Estavamos quase fechando quando o Toshiro aumentou a quantidade de
pedidos”, revelou Antonio. “Isso foi a uns três anos atrás. Perguntei ao
japonês o que havia acontecido e ele me respondeu que havia um novo cliente:
Danilo Sicha. Ele continua indo lá te hoje e graças a ele já troquei minha
frota de caminhão, dobrei a produção e contratei mais alguns ajudantes.”
Depois de uma bela refeição, o sr.
Antonio nos levou à fazenda “Mar Dourado” que fornece a matéria prima para a
produção de ração. Na fazenda conversamos com o Sr. Matias, “Os negócios estão
indo de ‘vento em poupa’. Chegamos a fechar um contrato de exclusividade com o
sr. Antonio (fábrica de ração) para vender nosso milho. Antes metade da fazenda
eu plantava milho e na outra metade criava umas vaquinhas, umas galinhas. Hoje
é tudo milho e comprei a (fazenda) do vizinho que plantava cana. Coitado, o álcool
pode chegar a dez reais o litro que ainda perde do meu contrato com o Sr.
Antonio.”
Já na quarta-feira ainda não havíamos
desistido de conversar com Danilo Sicha. Dessa vez tentamos uma abordagem
diferente, fomos à escola em que ele dá aula de música. Músico, jogador,
empresário e ainda professor. Porém, quarta-feira, também, é dia de folga dele.
Aproveitamos e conversamos com alguns alunos presentes e funcionários. “Ele é
gente boa, o único problema é que sempre se atrasa”, revelou Jéssica, a
secretária da escola. “O Sicha? Melhor professor que tem. Não é rígido, deixa a
gente bem livre pra nos desenvolvermos no nosso ritmo”, disse um aluno. Já
outro contou “muito legal ele. Acho que todo mundo gosta dele, tem um cara que
eu conheço que já tem cinco anos de aula com ele. Mas o melhor é quando vamos
comer salgado aqui perto.”
continua...
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
Classe "A" Investiga - Fenômeno Sicha - Parte 1
Alguns comerciantes de Ribeirão
Preto, interior do estado de São Paulo, não têm do que reclamar. Apesar de o
país inteiro estar apertando o cinto com os gastos, principalmente lazer, esses
comerciantes estão lucrando como nunca graças a um fenômeno conhecido como “Danilo
Sicha”.
Estes conhecido jogador do plantel do FACAA (Futebol Arte Classe “A” e Amigos) e músico vem contribuindo para a economia local de forma impressionante. A nossa equipe tentou entrevistá-lo durante uma semana sem sucesso, no entanto, foi possível entender esse fenômeno econômico ao redor dele.
Na segunda-feira fomos à residência
do multi-tarefas pela manhã para conversar, mas ele estava dormindo. Quando
retornamos, após uma pausa para o almoço, ele havia saído para pescar, como faz
todas as segundas. Jaime, seu mordomo, forneceu à nossa equipe de jornalismo o
nome e endereço de alguns pesqueiros que Danilo costuma ir. Apenas no final da
tarde, depois de visitar cinco pesqueiro, encontramos aquele que Sicha havia
passado a tarde. Mas chegamos tarde e ele já havia ido embora. Aproveitamos
para conversar com Toshiro Kobaiashi, o proprietário.
Toshiro disse “O Sicha é muito
querido aqui, ele vem pelo menos duas vezes por mês, né! Antes do Sicha a gente
fechava nas segundas, mas agora é o segundo dia mais lucrativo, só perde pro
domingo”. Toshiro ainda contou como esse fenômeno melhorou os investimentos e
possibilitou a contratação de pessoas: “agora nós temos mais pessoas
trabalhando aqui. Contratei meu sobrinho e a esposa dele pra cozinhar e
trabalhar de garçom. Tem o Almeida que é professor de pesca, o primeiro do
estado inteiro. E ainda contratei o Juquinha, mas ele só trabalha nas segundas,
ele é o colocador oficial de iscas”.
Curiosos, conversamos com Juquinha, que se negou
a dar entrevistas por ser menor de idade. Ele nos revelou que todas as iscas
que Sicha usa é ele quem coloca. Disse ainda estar muito satisfeito com o
emprego e que ainda faz um extra: ele segura a vara e fisga para o Danilo
quando ele está cansado.
continua...
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