Não é o que parece #2 – Preguiça
Continuando a série que comecei na quinzena anterior, hoje é o dia da
preguiça. Até hoje, nunca ouvi ninguém
elogiar alguém de “preguiçoso”, muito pelo contrário. E da mesma forma que a
inveja (leia aqui), ser preguiçoso, ao meu ver, pode não ser de todo ruim.
Em geral, logicamente, ter preguiça é prejudicial à pessoa e ao grupo
que convive com ela. A preguiça impede que esse ser realize as atividades que
são necessárias. Isso se ela vier desacompanhada, mas e se ela estiver
acompanhada da criatividade?
Imagino que muito das grandes invenções e avanços se deram quando essas
duas coisas formaram uma parceria. Bem lá no início da humanidade, o homem
formava tribos que vagavam procurando comida que pudessem coletar e animais que
pudessem caçar e passaram a fixar em um local (o sedentarismo) com a “descoberta”
da agricultura. Ao invés de andar quilômetros todos os meses, agora ele mora
sempre no mesmo lugar, acredito que há um dedinho de preguiça ai. E mais, será coincidência
uma pessoa que não pratica exercícios físicos ser chamada de sedentária?
Na agricultura era preciso que o homem arasse a terra, para deixar o
solo mais fofo e a semente tivesse mais facilidade para se desenvolver. Mas foi
um preguiçoso que viu que ele podia amarrar o seu arado em um boi que esse
faria o serviço por ele. Para que remar um barco, se existem motores à vapor.
Um preguiçoso juntou os dois e agora o barco se movia com muito menos esforços?
E aquele senhor que tinha preguiça de alimentar seu cavalo todos os dias?
Pensou em uma carroça que andasse sozinha.
Ou seja, mesmo a preguiça sendo algo tão ruim que impede de se fazer
coisas, ela pode ser justamente o gatilho para se inventar algo que poupe
trabalho e energia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente e, talvez, seja feliz!