quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Questão de Opinião #15 - Não é o que parece #2 - Preguiça


Não é o que parece #2 – Preguiça

Continuando a série que comecei na quinzena anterior, hoje é o dia da preguiça.  Até hoje, nunca ouvi ninguém elogiar alguém de “preguiçoso”, muito pelo contrário. E da mesma forma que a inveja (leia aqui), ser preguiçoso, ao meu ver, pode não ser de todo ruim.

Em geral, logicamente, ter preguiça é prejudicial à pessoa e ao grupo que convive com ela. A preguiça impede que esse ser realize as atividades que são necessárias. Isso se ela vier desacompanhada, mas e se ela estiver acompanhada da criatividade?

Imagino que muito das grandes invenções e avanços se deram quando essas duas coisas formaram uma parceria. Bem lá no início da humanidade, o homem formava tribos que vagavam procurando comida que pudessem coletar e animais que pudessem caçar e passaram a fixar em um local (o sedentarismo) com a “descoberta” da agricultura. Ao invés de andar quilômetros todos os meses, agora ele mora sempre no mesmo lugar, acredito que há um dedinho de preguiça ai. E mais, será coincidência uma pessoa que não pratica exercícios físicos ser chamada de sedentária?

Na agricultura era preciso que o homem arasse a terra, para deixar o solo mais fofo e a semente tivesse mais facilidade para se desenvolver. Mas foi um preguiçoso que viu que ele podia amarrar o seu arado em um boi que esse faria o serviço por ele. Para que remar um barco, se existem motores à vapor. Um preguiçoso juntou os dois e agora o barco se movia com muito menos esforços? E aquele senhor que tinha preguiça de alimentar seu cavalo todos os dias? Pensou em uma carroça que andasse sozinha.

Ou seja, mesmo a preguiça sendo algo tão ruim que impede de se fazer coisas, ela pode ser justamente o gatilho para se inventar algo que poupe trabalho e energia.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente e, talvez, seja feliz!