Ribeirão Preto, Escola Estadual Professora Amélia dos Santos
Musa, lá pelo final da década de 90 e começo de 2000, numa sala normal, de uma
escola normal, vivia-se intensamente uma amizade que hoje tem duas décadas,
algo não tão normal nos dias de hoje.
Confesso
que não me lembro quem cunhou a expressão “parênteses” para adjetivar e resumir
uma ligação muito forte. Sempre fomos todos muitos unidos, mas existiam os
“parênteses”, que eram nada mais do que aqueles dois caras que conviviam mais,
que por um período experimentaram uma aproximação legal, tiveram uma vivência
mais próxima; alguns num período de tempo curto, outros num período de tempo
mais alongado, não importa, pelo período que durou a união formada por esse tal
de “parênteses” era foda!
O mais interessante era que,
diferentemente de toda zueira nossa, essa tinha um lado carinhoso, não tinha
apelo sexual, ninguém era viado por ser “parêntese” com o outro, pelo
contrário, tínhamos até orgulho de ter com o outro essa aproximação. Eu e sicha
(pelo tempo que passávamos juntos na escola e na escola de música), Carlão e
Marquim (pelo tempo da escola e da academia), Luca e Rafa (unidos até hoje por
uma capacidade incrível de zuar), Gordo e Pamonha (esse tinha um / no meio que
era o borguete), formavam alguns dos muitos parênteses que surgiram nesse
período, mas na realidade a classe A toda sempre foi um parênteses, que foi se
alongando, se expandido pra além das fronteiras da sala do tempo e da escola.
Refletindo esses dias sobre essa zueira,
cheguei à conclusão que inocentemente inventamos uma metáfora muito
significativa. Segundo o Wikipédia, parenteses “(do grego παρένθεσις, "inserção") são
utilizados para interpor uma palavra, expressão ou frase num texto para adicionar informação,
normalmente explicativa, mas não essencial. A característica fundamental dos
parênteses é não afetar a estrutura sintática do período em que é inserido.” A
história do mundo é feita por meio de parênteses: família, amigos, vizinhos,
amores, todos os tipos de relações humanas são parênteses, são pontos isolados
que dão sentido a essa complexidade louca chamada vida.
Essa
exposição toda é para chegar a uma pessoa, a um cara que pra mim não só faz
parte desse parênteses, ele é em essência o próprio ( ). Sem ele talvez não
existisse Classe A e amigos como ela é hoje. Porque sem ele não teríamos aquele
ponto de encontro depois das aulas, não teríamos o sagrado fute, não teríamos
os muitos churras em sua casa, não teríamos aquele ser simples e humilde que
agrega, que nos fortalece.
Nós todos
temos muitas diferenças, discussões, alguns períodos longe uns dos outros, mas
quem discute, briga, consegue ficar muito tempo longe do Carlão? Sei que somos
mais que amigos, somos uma família, mas pro Carlão é diferente, a classe A é a
primeira família dele, sinto que nos dissolvemos juntamos com a Silvania, seus
maravilhosos filhos Helena e Victor, seu pai e seu irmão, e nos tornamos a
família dele, não é questão de importância, ninguém nunca será mais importantes
que essas figuras pra ele, não, não é isso. Carlão é o cara que todo mundo chega
em sua casa sem avisar, que todo mundo faz questão de visitar, porque o Carlão
resume bem o que é a Classe A.
Estar perto dele é de alguma forma estar perto
de todos, e quando ele não está é como se faltassem os ( ). Hoje esse cara faz
30 anos e em duas décadas dessa vida sensacional, desse irmão pelo qual tenho
uma paixão incrível, eu pude estar presente. Vou quebrar o protocolo, não te
darei parabéns, porque o felizardo sou, somos nós que podemos fazer parte da
sua vida, que temos sua casa como a nossa, sua família como a nossa, sua dor,
seu sorriso, suas conquistas, suas dificuldades, tudo compartilhado nos foi
compartilhado. Te agradeço do fundo do coração meu irmão! Hoje no dia que você
completa 30 anos nós somos os presenteados! Parabéns Classe A, nós temos o
Carlão...não dá pra continuar...Te amo!
Escrito por Humberto J. Bis
O loko Betão, não tenho nem palavras para agradecer ou expressar o que estou sentindo, fiquei muito emocionado. Amo muito vocês, Amo tanto que esse amor foi passado para Sil, Victor e Helena que também já sentem esse sentimento tão forte. Sempre escuto Victor dizer: "Pai, vamos fazer um churrasco? Mas tem que chamar todos os nossos amigos", vocês, porque já fazem parte da família dele, da nossa imensa e verdadeira família.
ResponderExcluirParabéns Betão, excelente texto... ainda mais se tratando de uma pessoa tão especial e importante na minha vida e na vida de todos da família Classe A... Parabéns Carlão, essência Classe A... Abraços e estamos juntos pra sempre... Sem nenhuma Miséria!!!!!
ResponderExcluirooo Carlão, parabens mano.....
ResponderExcluirnem acreditei que o Beto ia escrever quando ele me falou semana passada. Mas ai o cara nem alivia, vem com os dois pés no peito. Vc é foda carlao, vc é o cara.