segunda-feira, 23 de março de 2015

#betaoescreveumapramim - Aniversario do Carlão, parabéns

     Ribeirão Preto, Escola Estadual Professora Amélia dos Santos Musa, lá pelo final da década de 90 e começo de 2000, numa sala normal, de uma escola normal, vivia-se intensamente uma amizade que hoje tem duas décadas, algo não tão normal nos dias de hoje.

     Confesso que não me lembro quem cunhou a expressão “parênteses” para adjetivar e resumir uma ligação muito forte. Sempre fomos todos muitos unidos, mas existiam os “parênteses”, que eram nada mais do que aqueles dois caras que conviviam mais, que por um período experimentaram uma aproximação legal, tiveram uma vivência mais próxima; alguns num período de tempo curto, outros num período de tempo mais alongado, não importa, pelo período que durou a união formada por esse tal de “parênteses” era foda!
     O mais interessante era que, diferentemente de toda zueira nossa, essa tinha um lado carinhoso, não tinha apelo sexual, ninguém era viado por ser “parêntese” com o outro, pelo contrário, tínhamos até orgulho de ter com o outro essa aproximação. Eu e sicha (pelo tempo que passávamos juntos na escola e na escola de música), Carlão e Marquim (pelo tempo da escola e da academia), Luca e Rafa (unidos até hoje por uma capacidade incrível de zuar), Gordo e Pamonha (esse tinha um / no meio que era o borguete), formavam alguns dos muitos parênteses que surgiram nesse período, mas na realidade a classe A toda sempre foi um parênteses, que foi se alongando, se expandido pra além das fronteiras da sala do tempo e da escola.
     Refletindo esses dias sobre essa zueira, cheguei à conclusão que inocentemente inventamos uma metáfora muito significativa. Segundo o Wikipédia, parenteses “(do grego παρένθεσις, "inserção") são utilizados para interpor uma palavra, expressão ou frase num texto para adicionar informação, normalmente explicativa, mas não essencial. A característica fundamental dos parênteses é não afetar a estrutura sintática do período em que é inserido.” A história do mundo é feita por meio de parênteses: família, amigos, vizinhos, amores, todos os tipos de relações humanas são parênteses, são pontos isolados que dão sentido a essa complexidade louca chamada vida.
     Essa exposição toda é para chegar a uma pessoa, a um cara que pra mim não só faz parte desse parênteses, ele é em essência o próprio ( ). Sem ele talvez não existisse Classe A e amigos como ela é hoje. Porque sem ele não teríamos aquele ponto de encontro depois das aulas, não teríamos o sagrado fute, não teríamos os muitos churras em sua casa, não teríamos aquele ser simples e humilde que agrega, que nos fortalece.
     Nós todos temos muitas diferenças, discussões, alguns períodos longe uns dos outros, mas quem discute, briga, consegue ficar muito tempo longe do Carlão? Sei que somos mais que amigos, somos uma família, mas pro Carlão é diferente, a classe A é a primeira família dele, sinto que nos dissolvemos juntamos com a Silvania, seus maravilhosos filhos Helena e Victor, seu pai e seu irmão, e nos tornamos a família dele, não é questão de importância, ninguém nunca será mais importantes que essas figuras pra ele, não, não é isso. Carlão é o cara que todo mundo chega em sua casa sem avisar, que todo mundo faz questão de visitar, porque o Carlão resume bem o que é a Classe A.

      Estar perto dele é de alguma forma estar perto de todos, e quando ele não está é como se faltassem os ( ). Hoje esse cara faz 30 anos e em duas décadas dessa vida sensacional, desse irmão pelo qual tenho uma paixão incrível, eu pude estar presente. Vou quebrar o protocolo, não te darei parabéns, porque o felizardo sou, somos nós que podemos fazer parte da sua vida, que temos sua casa como a nossa, sua família como a nossa, sua dor, seu sorriso, suas conquistas, suas dificuldades, tudo compartilhado nos foi compartilhado. Te agradeço do fundo do coração meu irmão! Hoje no dia que você completa 30 anos nós somos os presenteados! Parabéns Classe A, nós temos o Carlão...não dá pra continuar...Te amo!

Escrito por Humberto J. Bis


3 comentários:

  1. O loko Betão, não tenho nem palavras para agradecer ou expressar o que estou sentindo, fiquei muito emocionado. Amo muito vocês, Amo tanto que esse amor foi passado para Sil, Victor e Helena que também já sentem esse sentimento tão forte. Sempre escuto Victor dizer: "Pai, vamos fazer um churrasco? Mas tem que chamar todos os nossos amigos", vocês, porque já fazem parte da família dele, da nossa imensa e verdadeira família.

    ResponderExcluir
  2. Parabéns Betão, excelente texto... ainda mais se tratando de uma pessoa tão especial e importante na minha vida e na vida de todos da família Classe A... Parabéns Carlão, essência Classe A... Abraços e estamos juntos pra sempre... Sem nenhuma Miséria!!!!!

    ResponderExcluir
  3. ooo Carlão, parabens mano.....

    nem acreditei que o Beto ia escrever quando ele me falou semana passada. Mas ai o cara nem alivia, vem com os dois pés no peito. Vc é foda carlao, vc é o cara.

    ResponderExcluir

Comente e, talvez, seja feliz!