O Eu que vejo no outro
Todos nós
somos frutos de uma salada de fatores que nos forma como pessoas. Fatores
genéticos e do meio em que vivemos são importantíssimos. Não apenas um, mas os
dois, afinal, não há ninguém hoje que tenha sido criado numa floresta por macacos
longe da civilização. Por isso, algumas atitudes, modo de pensar, manias são
bastante comuns e partilhadas.
Muitas vezes
ao ver uma pessoa, ou apenas conhecê-la rapidamente, podemos despertar
sentimentos fortes de empatia ou mesmo de antipatia. Esse breve contato, por
vezes, é o necessário para nos vermos na outra pessoa. Capazes de “prever” as
qualidades e os defeitos portados por elas, simplesmente por serem os mesmos,
ou muito parecidos com os nossos próprios.
Quando
observamos as mesmas qualidades procuramos nos aproximar dessas pessoas, mas um
sentimento, por vezes ambíguo, aparece quando se trata dos defeitos. Por vezes,
nos afastamos dessas pessoas por, basicamente, dois motivos. O primeiro por
saber que podem ser prejudiciais atitudes tomadas no futuro por essas pessoas,
então, melhor evitar. Um segundo motivo é que essas pessoas, por conhecerem
nossos defeitos aponte-os para os demais.
No entanto, por vezes, é possível observar no
mundo pessoas “defendendo” os defeitos de outros, tentando maquiar ou
escondê-los, mas por quê? Na verdade, essas artimanhas não visam proteger a
outra pessoa, mas a própria que faz a defesa. Como que justificando o erro do
outro estaria justificando os próprios erros, ou mesmo desviando a atenção para
que essas nossas falhas não sejam percebidas.
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